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PRIMEIRO CONTATO COM O AUTISMO
Este filme foi a chave para que eu descobrisse o autismo do meu próprio filho. |
Aquele filme me tocou muito, mostrava a luta de uma mãe que ficava sentada no chão rodando pratos com seu filho para conseguir se comunicar com ele, pois o menino não falava ou percebia sua presença.
Como aquilo me tocou...
Imagina só, (pensava eu...) passar por tudo aquilo para ver seu filho melhorar de uma doença tão estranha, que eu nem sabia o que era...
Os anos se passaram, me tornei professora e nunca mais vi ou ouvi falar do filme e minha vida seguiu seu curso.
Sem Saber De Nada
Aos trinta e três anos tive meu filho e tudo era uma descoberta...Tudo era novidade, mas como o passar dos meses, era evidente que meu filho não era como os outros bebês.
Eu não sabia o que tinha de incomum, mas sabia que tinha algo fora do padrão...
Até que um dia percebi que meu Pedro Henrique vivia rodando coisas... Todos os carrinhos e o velotrol dele, sempre com as rodas para cima, e ele fazendo com que elas rodassem todo o tempo sem interrupção... Não falava e gritava para tudo...
Foi como se uma porta se abrisse em meu cérebro... Eu não sabia dizer o que era exatamente, mas tive a certeza que meu filho era Autista!
Quando comecei a olhar para meu Pedro Henrique com atenção, podia ver aquelas cenas na minha mente!
E entendi o significado daquele titulo... Meu filho, Meu mundo!
Mesmo Filme, Visão Diferente
Trinta anos depois de assistir ao filme pela primeira vez, e nove anos convivendo com a realidade do autismo, sentei pra assistir novamente Meu Filho, Meu Mundo! Que foi um divisor de águas para mim.E por inúmeros motivos, minha percepção foi bem diferente!
Gente, se hoje enfrentamos uma realidade difícil para nossos autistas, na década de 70 a realidade chegava a ser cruel e desumana!
Crianças taxadas de sem recuperação, com pais desesperados que acabavam convencidos por profissionais, sem nenhuma noção do que estavam fazendo, que a solução para seus filhos eram instituições sem preparo algum. Crianças eram obrigadas a passar por verdadeiras sessões de tortura em busca da "cura"...
Sem contar com as tensões que envolvem as famílias que lidam com esta realidade autística.
Os impasses entre o que a instituição de reabilitação impõem e o que os pais, que convivem com a criança, tentam informar, mas que muitas vezes, não é levado em consideração... A angustia de ver seu filho progredir e depois regredir...
Cada Caso Com Sua Particularidade, Mas Todos Num Mesmo Universo Paralelo
Todas as crianças alcançarão a superação de Raun Kaufman? Claro que não!Mas todos nós, pais, podemos ter garra para lutar pela evolução que for possível a nossos filhos, pois no fim das contas, somos tudo que eles tem!
Terapeutas, tratamentos e instituições mudaram ao longo de suas vida! Não que eu esteja menosprezando todo o trabalho profissional que é dedicado a nossos filhos, pois na minha opinião, a evolução de nossos filhos depende tanto da parte profissional, quando da parte familiar.
Somos na verdade um grande time em prol de um indivíduo que pode chegar muito longe.
Contudo a parte profissional, sofrerá mudanças ao longo dos anos, por inúmeros fatores... Já a parte familiar, tende a permanecer inalterada por um prazo bem maior!
Por tanto que nunca nos falte forças e determinação pra lutar e superar desafios por nosso filhos autistas!
Minha Humilde Opnião:
Nem toda a realidade e luta daquela família foi mostrada no filme, mas o conteúdo é bem relevante!Costumo dizer que graças a este filme, consegui olhar meu filho e a realidade que ele precisa enfrentar sem tréguas.
Eu super indico!
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